EducAÇÃO Física.: dezembro 2010

Essa postagem é muito especial para mim, eu na realidade nem sei muito bem por onde começar, mas tenho que começar.

Grupo De Dança

Logo que entrei na universidade bem no início do semestre nós sabíamos que teríamos que ao final fazer um documentário e relacionar com todos os temas possíveis dado em aula. Então vou tentar finalizar esse semestre com essa postagem.

Resolvemos fazer um documentário sobre esporte adaptado, vocês que frequentam meu blog sabem que sou um apaixonado por esse assunto. Então fomos até o CPSP (Clube dos Paraplégicos de São Paulo), e foi lá que realmente tomei contato com todos os assuntos relacionados em sala. Vou começar pela luta que esta visível na vida dessas pessoas, no acesso principalmente e no fato de que elas são e estão completamente aptas a desenvolverem atividades que quiserem e alguns lugares e muitas empresas não dão oportunidades para que essas pessoas possam trabalhar a luta contra a exclusão faz parte da vida de muitas destas pessoas ainda e é impressionante e triste perceber que a cultura do brasileiro continua cheia de preconceito, medo e ignorância em relação ao portador de necessidades especiais, como falei em aula não é preciso ter em nossa família um portador de necessidades especiais para começar a se preocupar e reparar que nossa sociedade limita o acesso dessas pessoas na maioria dos lugares que frequentamos, como aqui falo sobre Educação Física deixo uma pergunta no ar.

Quantos portadores de necessidades especiais frequentam academias que frequentamos?

Quantos deles frequentam e estudam em escolas que não sejam destinadas aos portadores de necessidades especiais e porque nossas escolas ainda não estão preparadas fisicamente e profissionalmente para atender essas pessoas?

É triste mais aqui não caberiam todas as perguntas.

“Nesta virada de milênio, quando a ciência e a tecnologia atingem elevado grau de desenvolvimento, é de indagar por que a sociedade continua a permitir tanta desigualdade e tantas desvantagens para grande parte da população no desenvolvimento de seu potencial humano. Sabe-se que esse processo não é novo. Desde os primórdios da história, encontram-se formas de dominação e de apartação entre os homens. Superá-las é o desafio.” (Sposati)

A consciência corporal se faz presente no discurso de Juraci participante de nosso documentário diz que:

“Depois que comecei a dançar percebi que meus movimentos ficaram mais amplos e comecei a tomar consciência de que podia fazer coisas que ainda nunca tinha feito, comecei a perceber o meu corpo.” (Juraci)
“a consciência corporal pode ser entendida como o estado pelo qual o corpo percebe a própria existência e tudo mais que existe” (Medina)

Portanto a aceitação do próprio corpo como ele é, e a percepção de tudo que influência a própria consciência corporal faz parte de uma influencia cultural.

“A dança é vida para mim” (Cristófona)

Em nosso documentário que será postado nesse blog futuramente, conhecemos a Cristófona uma dançaria e atleta, que frequenta o CPSP, ela quis resumir sua entrevista nessa pequena mais muito significante frase. A dança para ela realmente é vida, faz parte da sua cultura e é um jogo cheio de regras do qual ela se faz participante com muito orgulho, apesar de todas as suas limitações Cristófona, sorri e nos dá a dimensão maior de como uma pratica corporal pode mudar nossas vidas.

Marly deixou um recado muito importante para nós, ela pratica natação e como muitos alunos no grupo também faz parte de nosso documentário, deixa aqui uma frase pequena, mas que talvez conscientize muitos, eu espero.

"Se nós alcançarmos cinco ou seis alunos de cada curso, isso será um ganho para nós, pois até pouco tempo não tinhamos nada."(Marly)